Segundo o estudo, publicado nesta quinta-feira (19) na revista
“Science”, a equipe de engenharia conseguiu desenvolver enzimas capazes
de extrair açúcares encontrados nas algas e convertê-los em uma fonte
rentável de energia e de biomassa.
“Cerca de 60% da biomassa seca das algas são carboidratos fermentáveis e
em aproximadamente metade delas é possível encontrar um único
carboidrato: o alginato. Nossos cientistas desenvolveram uma enzima para
degradá-lo e uma alternativa para metabolizar o alginato, o que nos
permite usar todos os principais açúcares das algas", disse Daniel
Trunfio, presidente da Bio Lab Architecture, em material de divulgação.
"Isto faz da alga uma matéria-prima econômica para a produção de
combustível renovável, além de produtos químicos”, complementa o CEO da
empresa.
A
imagem mostra exemplar de macroalga, utilizada por pesquisadores para a
retirada de açúcares. Enzimas transformariam açúcares em combustíveis
renováveis e produtos químicos. (Foto: Divulgação/Bio Architecture Lab.
Inc/Science)
As algas marinhas podem ser usadas na produção global de itens
renováveis devido ao seu elevado teor de açúcar e a ausência de lignina,
fatores que não exigem plantações em terras aráveis ou água doce para o
seu desenvolvimento. Além disso, segundo a publicação, elas não têm
impacto ambiental.
Segundo o estudo, ao menos 3% das águas costeiras podem produzir algas
capazes de substituir 60 bilhões de galões de combustíveis fósseis. Já
existem casos no mundo de produção comercial destas algas, como em
quatro fazendas de algas no Chile, com alta taxa de produção
economicamente viável, segundo a BAL.
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