sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Cientistas pesquisam como proteger a Terra de futuros impactos com asteroides


 Os cientistas não têm certeza absoluta quando o último grande asteroide atingiu a Terra, mas é certo que aconteça novamente.
Alan Harris, pesquisador de asteróides do Centro Aeroespacial Alemão (Deutsches Zentrum für Luft-und Raumfahrt; DLR), estuda para saber com antecedência quando irão ocorrer novos impactos. No mês passado, Harris estabeleceu uma colaboração internacional de 13 investigadores para elaborar novos métodos de proteger a Terra de objetos que possam nos atingir. O projeto é chamado de NEOShield.
Cratera de Barringer, Arizona. Foto: Reprodução/NASA
Asteroides que se aproximam do planeta viajam normalmente entre 5 e 30 quilômetros por segundo. Com uma velocidade tão alta, um corpo de tamanho moderado pode provocar grandes conseqüências. A cratera de Barringer no Arizona é um buraco de 1.200 metros de diâmetro e 200 metros de profundidade. Os cientistas imaginam que esta imensa marca de um passado não muito distante, foi causada por um asteroide de no máximo 50 metros.
A má notícia é que existem milhares de asteroides do mesmo tamanho daquele que impactou no Arizona provocando a abertura da cratera de Barringer, no sistema solar, levando os especialistas a postularem possíveis colisões no futuro.
A boa notícia é que é possível parar um asteroide antes que ele atinja a Terra. Você apenas precisa estar no lugar certo e no momento certo, para dar um impulso para direcionar o objeto cósmico em outra direção.
Um asteroide em destaque. Foto: Reprodução/JPL/NASA
Os cientistas estão se concentrando em métodos possíveis de redirecionar asteróides ameaçadores para que nosso planeta seja poupado de impactos. “A fim de modificar sua órbita e evitar uma colisão com a Terra, deve haver uma força exercida sobre eles, e no momento preciso também. Uma maneira de fazer isso é ter um impacto através de uma nave espacial, dando força suficiente para mudar sua órbita”, explica Alan Harris.
Em minha opinião este é um método muito prático”, ressaltou o cientista. Mas ainda há perguntas a responder, como por exemplo, o modo que os astrônomos e engenheiros conseguirão guiar a nave espacial para um alvo em movimento e atingir um ângulo exato de impacto.
Outra maneira é usar a força gravitacional da nave espacial para deslocar o asteroide em uma órbita diferente. Se o objeto estiver longe o suficiente, um cabo minúsculo pode ter um grande efeito. Mas até agora, “este método só existe no papel, mas poderia funcionar”, disse Harris.Outra perspectiva, o terceiro menos atraente, é usar o poder explosivo para quebrar um asteroide antes que chegue até nós. Mas isso poderia ser desastroso, criando uma chuva de detritos em vez de uma única peça sólida. Como tal, Harris considera este método o último recurso. “Se um grande objeto perigoso, com um diâmetro de 1.000 metros ou mais for descoberto, desviar sua órbita não seria uma opção. A maior força
 que seria capaz de desviar um objeto tão grande de seu caminho seria uma explosão nuclear. Esta técnica é considerada por muitos como controversa”.
Ao longo dos próximos 3 anos, durante o qual a União Eurpeia apoiará o projeto com quatro milhões de euros e parceiros internacionais irão contribuir com um adicional de 1,8 milhão de euros, o projeto NEOShiel irá pesquisar estes métodos de defesa. Os cientistas vão concentrar-se em dados de observações de asteroides e experiências de laboratório para gerar simulações de computador em última análise, para determinar a melhor forma de proteger a Terra de futuros impactos devastadores que poderiam acabar com toda a raça humana.

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