
Como podemos mapear a expansão das primeiras civilizações da Terra?
A descoberta representa um passo monumental em frente aos campos de
arqueologia e antropologia, sugerindo uma grande perspectiva nestas
áreas, sendo uma descoberta chave para desvendar os mistérios da
humanidade no que diz respeito aos grandes assentamentos de
civilizações humanas.

As
técnicas tradicionais arqueológicas exigem pesquisadores em busca de
evidências dessas civilizações antigas, ao nível do solo. Este é um
excelente método para aprender sobre os assentamentos individuais, mas é
um trabalho árduo e extremamente complicado fazer correlações de como
este assentamento se relacionava com outras comunidades e como ocorria
essa interação.
Pensando nisso, o arqueólogo Jason Ur da Universidade de Harvard
e o cientista especialista em computação, Bjoern Menze, estão
combinando imagens de satélites espiões adquiridas no ano de 1960 com
imagens modernas do nosso planeta, criando um novo método de padrões de mapeamento dos assentamentos humanos em uma escala sem precedentes.
Ur e Menze usaram recentemente a técnica para mapear 14.000
assentamentos anteriormente negligenciados, distribuídos em 23.000 km²,
no meio da Mesopotâmia.
“Os
arqueólogos sabiam de cerca de 1.000 assentamentos nesta região,
principalmente os localizados em locais mais altos, por isso é um grande
salto em termos de conhecimento”, explicou Ur.
novo método de análise aérea baseia-se na detecção de anthrosol, um
tipo distinto de solo que se forma ao longo prazo da presença humana. O
anthrosol tem uma cor muito sutil, sendo rico em matéria orgânica no
solo circundante – um fato que os arqueólogos utilizam há anos para
detectar no solo.
As imagens dos satélites conseguem detectar e distinguir diferentes comprimentos de onda de radiação eletromagnética:
“A
fotografia em preto e branco leva todos os comprimentos de onda visível
para nós. A imagem colorida mostra como as combinações de vermelho,
verde e azul se misturam. As imagens multiespectrais podem registram
ondas ainda maiores, como o infravermelho. Os solos na superfície de
sítios arqueológicos podem ser sensíveis em ambos os intervalos, de
visível ao infravermelho ”, comentaram os cientistas.
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