quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ancestral humano comia folhas de árvores, indica pesquisa


Crânio de um jovem 'Australopithecus sediba' (Foto: Lee Berger/Divulgação)
Crânio de um jovem 'Australopithecus sediba'
Uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (27) revelou que um dos antepassados do ser humano se alimentava de galhos de árvores e pequenos arbustos. A dieta não parece estranha só para os humanos modernos, mas também para outros hominídeos, segundo os autores do estudo.
A descoberta foi feita pela análise do carbono nos dentes desses antepassados. O Australopithecus sediba, que viveu no sul da África há cerca de 2 milhões de anos, tinha evidências de um grupo alimentício chamado pelos cientistas de C3, que envolve árvores e galhos.
A dieta é bem diferente da registrada entre outros hominídeos antigos, que se alimentavam de folhas e gramíneas. Os alimentos mais duros consumidos pelo A. sediba, ricos em proteínas e açúcares solúveis, estão mais próximos do que os chimpanzés consomem nas savanas africanas.

“É uma descoberta importante porque a dieta é um dos aspectos fundamentais de um animal, um dos que determinam seu comportamento e seu nicho ecológico. Como os ambientes mudam com o tempo, devido à mudança climática, os animais geralmente são forçados a se mudar ou a se adaptar às novas redondezas”, afirmou Paul Sandberg, um dos autores do estudo publicado pela revista “Nature”, em material divulgado pela Universidade do Colorado, em Boulder, nos Estados Unidos.
Ainda não há um consenso entre os especialistas sobre a posição do A. sediba na árvore genealógica dos hominídeos – acredita-se que ele seja um descendente do Australopithecus africanus. A descoberta da espécie foi anunciada em 2010, por isso estudos como o atual podem ajudar a caracterizar o hominídeo.


Dentes do 'Australopithecus sediba' analisados no estudo (Foto: Amanda Henry/divulgação)Dentes do 'Australopithecus sediba' analisados no estudo 

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