Segundo a teoria do Big Bang, a expansão do cosmos começou há cerca de 13,7 bilhões de anos, idade aproximada da Via Láctea, outra galáxia espiral. Nesse período, as galáxias costumavam se colidir com frequência, as estrelas se formavam com mais rapidez e os buracos negros cresciam muito.
Até agora, os cientistas acreditavam que essa era uma época em que não existia esse tipo de formação, por causa das condições desfavoráveis encontradas. A BX442 tem bilhões de anos a mais que outras galáxias espirais conhecidas e foi identificada pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa.
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Galáxia espiral com quase 11 bilhões de anos é identificada pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, e é a mais velha já descoberta
Segundo o pesquisador David Law e colegas, essa galáxia é a única a apresentar uma estrutura espiral entre 306 galáxias do início do Universo avaliado pelo Hubble. Todas tinham o mesmo tipo de "desvio para o vermelho", ou seja, a quantidade de luz emitida no espaço, o que pode indicar a distância de uma galáxia em relação ao Sistema Solar.
Os autores concluem que a BX442 está passando por uma pequena fusão com uma galáxia vizinha menor, cuja interação pode levar à formação de uma nova estrutura espiral de curta duração. Isso significa que ou esse mecanismo de criação é raro ou a duração de galáxias assim é curta demais, fazendo com que haja uma janela de tempo muito estreita para torná-las observáveis.
As galáxias espirais contêm estrelas e gases onde novas estrelas nascem. Outras, chamadas elípticas, costumam ser mais velhas e ter estrelas vermelhas se movendo em direções aleatórias. Nos primórdios do Universo, havia uma grande quantidade dessas galáxias irregulares.
O estudo da BX442 pode ajudar os astrônomos a entenderem como as galáxias espirais se formaram, inclusive a Via Láctea. Participaram da pesquisa as universidades de Toronto, no Canadá, da Califórnia (UCLA), de Wisconsin, do Arizona e do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos EUA.
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