domingo, 19 de agosto de 2012

Hubble flagra dois aglomerados de estrelas massivas em início de rota de colisão



Astrônomos usando o Telescópio Hubble da NASA avistaram dois aglomerados de estrelas em estágios iniciais de fusão.


Os dois conjuntos estão 170.000 anos-luz de distância da Terra, na Grande Nuvem de Magalhães, um tipo de galáxia satélite pequena próxima da Via Láctea.
Os cientistas inicialmente pensaram que se tratava apenas de um núcleo de formação maciça de estrelas em um local conhecido como nebulosa da Tarântula (também chamada de 30 Doradus ou NGC 2070), até encontrarem dois grupos que diferem em idade de aproximadamente 1 milhão de anos.
Todo o complexo da nebulosa da Tarântula tem sido uma região de formação estelar ativa há 25 milhões de anos, e é atualmente desconhecida à informação de quanto tempo ainda este lugar terá combustível para formar novas estrelas.
Sistemas menores que se mesclam com os maiores poderiam ajudar a explicar a origem de alguns dos maiores aglomerados de estrelas conhecidos pela astronomia.
Elena Sabbi, do Space Telescope Science Institute em Baltimore, EUA, acompanhada de sua equipe, começou a olhar para estas áreas enquanto procurava por estrelas em fuga com movimentos rápidos por terem sido ejetadas de seus berçários estelares, onde eventualmente se formaram.
Estrelas se formam em grupos, mas há algumas muito jovens na nebulosa da Tarântula que não podem ter sido formadas no local onde estão, sendo ejetadas com grande velocidade do local de nascimento”, comentou Sabbi de acordo com o DailyMail.
Os pesquisadores, então, perceberam algo incomum quando olharam para a distribuição das estrelas de baixa massa detectadas pelo Hubble.
Elas não são esféricas, como era de se esperar, mas apresentam a forma de duas galáxias em fusão, alongadas pela força das marés gravitacionais.

 

As provas circunstanciais do Hubble sobre a fusão eminente vêm de uma estrutura alongada em um dos dois grupos de estrelas e pela medição da idade diferente entre elas.
De acordo com os modelos computacionais, as nuvens gigantes de gás que formam os aglomerados de estrelas podem se fragmentar em pedaços ‘pequenos’. Uma vez que estes pedaços transformam-se em estrelas, eles podem interagir e se fundirem, formando um grande sistema.
Essa interação é o que Sabbi imagina que está ocorrendo neste momento na nebulosa da Tarântula.
Os astrônomos acreditam que as chamadas “estrelas fugitivas” da nebulosa da Tarântula foram expulsas do núcleo de formação através das forças de interações dinâmicas. Estas interações são muito comuns durante um processo chamado colapso do núcleo, em que estrelas com menor massa “caem” no centro de um agrupamento através da dinâmica da interação de estrelas com menores massas.
Quando muitas estrelas massivas atingem o núcleo, ele torna-se instável e as estrelas de grande massa são expulsas da região.

Saiba mais
A nebulosa da Tarântula é particularmente interessante para os cientistas porque é um bom exemplo de como regiões de formação estelar no Universo se comportam em estágios que foram jovens.
A última descoberta ocorrida pode ajudar os cientistas a entenderem os detalhes dos agrupamentos formadores de estrelas e pode relevar como as estrelas se formaram no início do Universo.



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