terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Ida ao espaço profundo seria menos incrível que em 'Star Wars', diz estudo


 Você se lembra daquele efeito espetacular da série "Guerra nas Estrelas", quando a nave Millennium Falcon, do personagem Han Solo – interpretado pelo ator Harrison Ford –, ingressava no hiperespaço e um caleidoscópio estelar faiscava em volta?
Más notícias para os fãs dos filmes: na vida real, isso não aconteceria, estimam estudantes de ciências britânicos. Os heróis Solo, Luke Skywalker e princesa Lea não veriam nenhuma estrela se aproximando enquanto acelerassem a nave para mergulhar no espaço profundo, por causa do efeito Doppler, informaram estudantes da Universidade de Leicester.

Mark Hamill, Carrie Fisher e Harrison Ford em cena de 'Guerra nas estrelas'  (Foto: Divulgação)Mark Hamill como Luke Skywalker, Carrie Fisher como princesa Lea e Harrison Ford como Han Solo em cena de 'Guerra nas Estrelas', série de seis filmes de ficção científica do diretor George Lucas
Segundo esse fenômeno, o comprimento de onda da radiação eletromagnética encolhe ou se alonga dependendo se a fonte se aproxima ou se afasta da pessoa que a percebe.
O exemplo clássico do efeito Doppler é a sirene de um carro de bombeiros ou de uma ambulância, cuja frequência muda segundo o observador, à medida que o veículo avança pela rua.
Como a Millennium Falcon estaria acelerando em direção às estrelas, o comprimento de onda da luz encolheria, o que significa que a nave se afastaria da parte visível do espectro de energia, para dentro do alcance dos raios X, avaliaram os estudantes.
Por outro lado, a radiação cósmica de fundo em micro-ondas, vestígio do Big Bang – explosão que deu origem ao Universo há 13,7 bilhões de anos –, se alongaria no comprimento de onda e subitamente se tornaria visível.
Para aqueles a bordo da Millennium Falcon, essa antiga energia teria a aparência de um disco brilhante central de luz.
"Se a nave existisse e realmente pudesse viajar tão rápido, certamente seria aconselhável usar óculos escuros", disse Riley Connors, de 21 anos, que trabalhou com três alunos do último ano do mestrado em física em um projeto voltado a estimular o pensamento pragmático.

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