quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Telescópio faz imagem de 'berçário' de estrelas a 8 mil anos-luz da Terra


Um telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), que mapeia a Via Láctea, captou uma nova imagem da Nebulosa da Lagosta, uma "maternidade" de estrelas localizada a 8 mil anos-luz da Terra, na Constelação do Escorpião.


Imagem da Nebulosa da Lagosta obtida pelo telescópio Vista do ESO (Foto: ESO/VVV Survey/D. Minniti/Ignacio Toledo)Nova foto da Nebulosa da Lagosta feita pelo telescópio Vista 

O registro do instrumento Vista, situado no Observatório de Paranal, no norte do Chile, foi obtido por meio de raios infravermelhos e mostra nuvens brilhantes de gás e filamentos de poeira escura em volta de astros quentes e jovens. Esses aglomerados são onde nascem as estrelas, incluindo aquelas de grande massa, que brilham em tons azuis-esbranquiçados em luz visível.

Parte da constelação do Escorpião centrada na NGC 6357, que tem o aglomerado estelar Pismis 24 em seu centro (Foto: Davide De Martin (ESA/Hubble), the ESA/ESO/NASA Photoshop FITS Liberator & Digitized Sky Survey 2)Parte da constelação do Escorpião centrada na NGC 6357, que tem o aglomerado Pismis 24 em seu centro 

Além de obter uma nova imagem da Nebulosa da Lagosta, também chamada de Nebulosa Guerra e Paz ou NGC 6357, esse telescópio terrestre observa toda a região central da nossa galáxia, para determinar sua estrutura, origem e vida inicial.
O novo retrato feito pelo Vista revela detalhes diferentes dos identificados por um telescópio dinamarquês em La Silla, também no Chile, que flagrou o objeto apenas em luz visível, com muita interferência da poeira cósmica em volta dele.

Imagem em luz visível foi obtida por telescópio dinamarquês em La Silla (Foto: ESO/IDA/Danish 1.5 m/ R. Gendler, U.G. Jørgensen, J. Skottfelt, K. Harpsøe)Imagem em luz visível da Nebulosa da Lagosta foi obtida anteriormente por um telescópio dinamarquês localizado em La Silla 

Partes da NGC 6357 também já foram registradas em luz visível pelo telescópio Hubble, da agência espacial americana Nasa, e pelo Very Large Telescope (VLT) do ESO.

Registro da NGC 6357 feito pelo telescópio Hubble (Foto: NASA, ESA and Jesús Maíz Apellániz (Instituto de Astrofísica de Andalucía, Spain)/Davide De Martin (ESA/Hubble))Registro da NGC 6357 feito pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, e divulgado em 2006 (Foto: Nasa, ESA and Jesús Maíz Apellániz

Uma das estrelas jovens que habitam essa nebulosa é a Pismis 24-1, que já foi considerada o maior astro conhecido – até os astrônomos descobrirem que ela se trata, na verdade, de pelo menos três estrelas enormes, cada uma com massa de até 100 sóis.

O Very Large Telescope do ESO (VLT) obteve a imagem mais detalhada até hoje de uma região espetacular da maternidade estelar chamada NGC 6357 (Foto: ESO/Divulgação)
 O Very Large Telescope (VLT) do ESO obteve a imagem mais detalhada até hoje da NGC 6357

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