sexta-feira, 22 de março de 2013

Telescópio Herschel encontra 15 estrelas na Via Láctea com apenas 25 mil anos


O telescópio Herschel da Agência Espacial Europeia (ESA) revelou onze novos astros, estrelas jovens encontradas pela primeira vez na Via Láctea.
Herschel foi lançado em 2009, é o maior telescópio de infravermelho enviado para o espaço e custou cerca R$ 3 bilhões.

Onze dos quinze astros encontrados emitiam a cor vermelha, o que significa que eles são de baixa energia, provavelmente eles foram incorporados aos gases cósmicos, o que significa que são especialmente jovens com cerca de 25 mil anos.
"Com estas descobertas recentes, nós adicionamos uma foto importante que faltava para o álbum de família do desenvolvimento estelar” disse a cientista do Programa Herschel da NASA, Glenn Wahlgren.
As imagens enviadas pelo telescópio Herschel mostram uma mistura deslumbrante de cores a partir do aglomerado de estrelas na nuvem de Órion. Descoberta em 1610, por Nicolas-Claude Fabri de Peiresc, a Nebulosa de Órion é um dos objetos astronômicos mais fotografados e investigados.
A partir desses estudos, os cientistas puderam observar que as estrelas da região se formam em um colapso gravitacional de nuvens de gás e poeira, que condensa em uma bola de plasma superaquecida. A transformação é rápida seguindo os padrões do cosmos e dura apenas algumas centenas de anos.
“'Herschel revelou o maior conjunto de estrelas jovens em uma região de formação de estrelas solitárias” disse Amelia Stutz, principal autora de um artigo a ser publicado no Astrophysical Journal e pesquisadora de pós-doutorado no Instituto Max Planck de Astronomia na Alemanha. "Com esses resultados, estamos chegando mais perto para testemunhar o momento em que uma estrela começa a se formar” completa a doutora.
Os instrumentos fotodetectores do telescópio Herschel foram os responsáveis por encontrar as estrelas, captando as menores radiações infravermelhas que irradiam a partir da nuvem Órion, cerca de 70 e 160 micrometros de comprimento de onda.
  As leituras do Telescópio Herschel foram comparadas com imagens anteriores da mesma região do espaço realizadas pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA.
A notícia da nova descoberta é oportuna. Herschel está programado para parar de trabalhar; o tanque de resfriamento será esvaziado nas próximas semanas e deixará de operar até maio. Isso acontece porque as observações em infravermelho de longa distância precisam ter os detectores do equipamento resfriados em temperaturas incrivelmente baixas.

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