O telescópio Herschel da Agência Espacial Europeia (ESA) revelou onze novos astros, estrelas jovens encontradas pela primeira vez na Via Láctea.
Herschel foi lançado em 2009, é o maior telescópio de infravermelho enviado para o espaço e custou cerca R$ 3 bilhões.
Onze
dos quinze astros encontrados emitiam a cor vermelha, o que significa
que eles são de baixa energia, provavelmente eles foram incorporados
aos gases cósmicos, o que significa que são especialmente jovens com
cerca de 25 mil anos.
"Com estas descobertas recentes, nós adicionamos uma foto importante que faltava para o álbum de família do desenvolvimento estelar ” disse a cientista do Programa Herschel da NASA, Glenn Wahlgren.
As imagens enviadas pelo telescópio Herschel mostram uma mistura
deslumbrante de cores a partir do aglomerado de estrelas na nuvem de
Órion. Descoberta em 1610, por Nicolas-Claude Fabri de Peiresc, a
Nebulosa de Órion é um dos objetos astronômicos mais fotografados e
investigados.
A partir desses estudos, os cientistas puderam observar que as estrelas
da região se formam em um colapso gravitacional de nuvens de gás e
poeira, que condensa em uma bola de plasma superaquecida. A
transformação é rápida seguindo os padrões do cosmos e dura apenas
algumas centenas de anos.
“'Herschel revelou o maior conjunto de estrelas jovens em uma região de
formação de estrelas solitárias” disse Amelia Stutz, principal autora
de um artigo a ser publicado no Astrophysical Journal e pesquisadora de
pós-doutorado no Instituto Max Planck de Astronomia na Alemanha. "Com esses resultados, estamos chegando mais perto para testemunhar o momento em que uma estrela começa a se formar” completa a doutora.
Os instrumentos fotodetectores do telescópio Herschel foram os
responsáveis por encontrar as estrelas, captando as menores radiações
infravermelhas que irradiam a partir da nuvem Órion, cerca de 70 e 160
micrometros de comprimento de onda.
As leituras do Telescópio Herschel foram comparadas com imagens
anteriores da mesma região do espaço realizadas pelo Telescópio
Espacial Spitzer da NASA.
A notícia da nova descoberta é oportuna. Herschel está programado para
parar de trabalhar; o tanque de resfriamento será esvaziado nas
próximas semanas e deixará de operar até maio. Isso acontece porque as
observações em infravermelho de longa distância precisam ter os detectores do equipamento resfriados em temperaturas incrivelmente baixas.
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