quinta-feira, 18 de abril de 2013

Einstein morreu há 58 anos; médico relatou últimos momentos

Com a descoberta da lei do efeito fotoelétrico Einstein recebeu seu Prêmio Nobel, considerado tardio, em 1921 Foto: AFP
Com a descoberta da lei do efeito fotoelétrico Einstein recebeu seu Prêmio Nobel, considerado tardio, em 1921

Maior físico de todos os tempos, principal personalidade do século XX, um dos grandes gênios da história. Muitos são os elogios feitos ao alemão Albert Einstein. E muito já foi dito sobre sua vida. Exatos 58 anos após a morte do teórico, o Terra traz uma história um pouco diferente desse cientista celebridade: o relato da morte de Einstein feito pelo seu médico, Guy K. Dean.

O médico revelou em uma coletiva que, aos 76 anos, o físico sofria com a arteriosclerose - quando as paredes das artérias ficam mais espessas e menos elásticas. Além disso, ele tinha muitas dores na vesícula. "Ele frequentemente reclamava de dor no seu abdome e nas costas, mas sempre foi estoico quanto a isso", diz o médico, segundo registro do Daily Princetonian, jornal da Universidade de Princeton, onde o físico trabalhava. 

Em uma consulta, o cientista reclamou de dores mais fortes ao médico. Segundo o especialista, "um pequeno sangramento de um saco aneurismático atrás da aorta causava mais dor que o normal". Einstein ainda teve náusea e vômitos. O físico recebeu duas injeções para diminuir a dor e, segundo o médico, teve oito horas "relativamente confortáveis" de sono.

O médico diz que ele e Frank Glenn, especialista de Nova York, discutiam a condição abertamente com o físico, mas este era "extremamente contra uma cirurgia". No dia seguinte à reclamação de dor, os médicos tiveram que dar mais sedativos para confortar o teórico. "Ele começou a mostrar desidratação devido à inabilidade de tomar e reter líquidos" no dia seguinte.

Einstein teve que ser levado ao Hospital de Princeton, passagem que o médico havia dito que seria "rotineira". "Ontem, ele parecia fazer considerável progresso", disse Dean. Diversos médicos trabalhavam no caso e eles acreditavam que, com a melhora do físico, o sangramento da aorta tinha sido muito pequeno e teria fechado sozinho.

Dean afirmou que viu Einstein vivo pela última vez às 11h de um domingo. "Ele dormia silenciosamente e eu não acordei ele". À 1h15 da madrugada, o médico recebia a ligação de Alberta Roszel, enfermeira do hospital. Ela relatava que o famoso cientista não havia resistido ao derrame da aorta.

Segundo a enfermeira, Einstein murmurou alguma coisa em alemão enquanto dormia e parou repentinamente. Quando o padrão de respiração mudou, ela chamou por ajuda. Com a ajuda de outra enfermeira, tentou levantar a parte de cima da cama, quando o cientista inspirou profundamente duas vezes e expirou pela última vez, à 1h12 de uma segunda-feira, dia 17 de abril de 1955.

Um exame feito por Thomas S. Harvey, patologista do hospital, revelou que a aorta de Einstein teve um endurecimento severo em uma grande protrusão em um dos lados. Essa parte acabou por romper e causou uma lenta perda de sangue - o suficiente para tirar a vida de um dos mais conhecidos nomes da ciência.

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