Maior físico de todos os tempos, principal personalidade do século XX, um dos grandes gênios da história. Muitos são os elogios feitos ao alemão Albert Einstein. E muito já foi dito sobre sua vida. Exatos 58 anos após a morte do teórico, o Terra traz uma história um pouco diferente desse cientista celebridade: o relato da morte de Einstein feito pelo seu médico, Guy K. Dean.
O médico revelou em uma coletiva que, aos 76 anos, o
físico sofria com a arteriosclerose - quando as paredes das artérias
ficam mais espessas e menos elásticas. Além disso, ele tinha muitas
dores na vesícula. "Ele frequentemente reclamava de dor no seu abdome e
nas costas, mas sempre foi estoico quanto a isso", diz o médico, segundo
registro do Daily Princetonian, jornal da Universidade de Princeton, onde o físico trabalhava.
Em uma consulta, o
cientista reclamou de dores mais fortes ao médico. Segundo o
especialista, "um pequeno sangramento de um saco aneurismático atrás da
aorta causava mais dor que o normal". Einstein ainda teve náusea e
vômitos. O físico recebeu duas injeções para diminuir a dor e, segundo o
médico, teve oito horas "relativamente confortáveis" de sono.
O médico diz que ele e Frank Glenn, especialista de Nova
York, discutiam a condição abertamente com o físico, mas este era
"extremamente contra uma cirurgia". No dia seguinte à reclamação de dor,
os médicos tiveram que dar mais sedativos para confortar o teórico.
"Ele começou a mostrar desidratação devido à inabilidade de tomar e
reter líquidos" no dia seguinte.
Einstein teve que ser levado ao Hospital de Princeton,
passagem que o médico havia dito que seria "rotineira". "Ontem, ele
parecia fazer considerável progresso", disse Dean. Diversos médicos
trabalhavam no caso e eles acreditavam que, com a melhora do físico, o
sangramento da aorta tinha sido muito pequeno e teria fechado sozinho.
Dean afirmou que viu Einstein vivo pela última vez às
11h de um domingo. "Ele dormia silenciosamente e eu não acordei ele". À
1h15 da madrugada, o médico recebia a ligação de Alberta Roszel,
enfermeira do hospital. Ela relatava que o famoso cientista não havia
resistido ao derrame da aorta.
Segundo a enfermeira, Einstein murmurou alguma coisa em
alemão enquanto dormia e parou repentinamente. Quando o padrão de
respiração mudou, ela chamou por ajuda. Com a ajuda de outra enfermeira,
tentou levantar a parte de cima da cama, quando o cientista inspirou
profundamente duas vezes e expirou pela última vez, à 1h12 de uma
segunda-feira, dia 17 de abril de 1955.
Um exame feito por Thomas S. Harvey, patologista do
hospital, revelou que a aorta de Einstein teve um endurecimento severo
em uma grande protrusão em um dos lados. Essa parte acabou por romper e
causou uma lenta perda de sangue - o suficiente para tirar a vida de um
dos mais conhecidos nomes da ciência.
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