terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Massa de uma partícula de matéria escura é delimitada pelos cientistas 
Cientistas estimam que a massa de uma partícula de matéria escura deve ser cerca de 40 vezes a massa de um próton. Para a descoberta, os pesquisadores se basearam nas galáxias anãs cuja formação é quase totalmente de matéria escura.
A matéria escura é uma substância invisível e que não emite luz e é encontrada em todo o universo. Para o novo estudo, os cientistas observaram que a junção de matéria escura e anti-matéria escura pode levar a aniquilação de ambas e isso produz radiação gama.
O físico Koushiappas Savvas, da Brown University em Providence, Rhode Island, que foi coautor de um dos documentos publicados 01 de dezembro na Physical Review Letters, afirma que nós estamos de olho nestas aniquilações.
Por meio do Telescópio Espacial Fermi Gamma-ray, a equipe de Koushiappas e outro grupo da Universidade de Estocolmo, na Suécia, observaram os dados obtidos a partir de sete galáxias anãs, são elas: Bootes I, Draco, Fornax, Escultor, Sextante, Ursa Menor, e Segue 1. Depois de subtrair a luz de raios gama de outras fontes, como os pulsares e supernovas, as equipes calcularam a parcela de radiação gama que deve ser proveniente de aniquilação à matéria escura. Se a matéria escura fosse mais leve, deveriam existir muito mais partículas e radiação, mas se a massa for maior, a radiação não seria tão abundante.
A partir da quantidade de radiação que a massa de uma partícula de matéria escura emite é possível delimitá-la. Os resultados indicam que sua massa corresponde a 40 GeV, cerca de 40 vezes a massa de um próton, o que implica nos experimentos anteriores que indicam uma massa entre 7 e 12 GeV.
O físico Juan Collar, da Universidade de Chicago, que lidera o experimento de detecção da matéria escura, relembrou que o processo utilizado pelos cientistas ‘não é o preferido pelos pesquisadores’, então a existência de matéria escura mais leve não deve ser descartada.
Às vezes parece que a matéria escura age intencionalmente para enlouquecer os físicos. Essas suposições correspondentes aos experimentos podem estar certas, mesmo em desacordo, concordou Koushiappas. Sua equipe procurou as mais básicas partículas de matéria escura, mas é possível que haja partículas mais complexas do que conhecemos. "Este é apenas uma peça no quebra-cabeça", disse Koushiappas.

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