Fóssil do 'Archaeopteryx'
Uma equipe internacional de cientistas conseguiu descobrir que as penas de um dinossauro alado que viveu há 150 milhões de anos eram pretas. O achado pode parecer estranho, mas é um passo importante para entender como aconteceu a evolução dos répteis para as aves.
O Archaeopteryx, animal que tinha o tamanho de um corvo,
sempre foi visto pelos cientistas como um elo evolucionário. Ele reunia
algumas características de répteis, como dentes, cauda ossuda e garras, e
outras de aves, como as asas com penas.
Os cientistas descobriram que a asa desse animal era preta porque
conseguiram identificar a presença de melanossomos na pena fossilizada.
Essa estrutura celular é responsável pela produção de pigmentos, mas
também serve para dar mais sustentação estrutural à pena.
De acordo com a análise, a pena do dinossauro tinha uma estrutura
bastante parecida com a das aves modernas, o que mostra que esse tipo de
asas já existe há 150 milhões de anos.
“Não podemos dizer que é uma prova de que o Archaepteryx voava.
O que podemos dizer é que nas penas dos pássaros modernos, esses
melanossomos providenciam força e resistência adicionais para o voo, que
é o motivo pelo qual as penas e suas pontas são as áreas mais comumente
pigmentadas”, afirmou o autor Ryan Carney, em material divulgado pela
Universidade Brown, em Providence, EUA, onde ele trabalha.
O estudo foi publicado pela revista científica “Nature Communications”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário