domingo, 19 de fevereiro de 2012

Novo telescópio promete revolucionar os segredos da formação dos planetas e oceanos


O mais caro telescópio do mundo fixado em terra, chamado de ALMA custou quase R$ 3 bilhões para ser construído e é considerado o mais complexo já feito pelo homem.
Sua missão será estudar os planetas. Juntamente em parceria com o rádio telescópio VLA (Very Large Array) e mais uma coleção de 27 antenas no Novo México. O ALMA começou a nos fornecer as primeiras imagens de planetas em formação e discos de gás e poeira em torno de estrelas jovens. Os pesquisadores responsáveis por sua manutenção e atualização, comentam que este é o maior salto na história da astronomia desde Galileu.
Estes novos olhos nos permitirá estudar, em escalas sem precedentes, o movimento de gás e poeira nos discos em torno de estrelas jovens, e colocar nossas teorias de formação de planetas em prática”, declarou David Wilner, do Centro Harvard-Smithsonian para estudos de Astrofísica.
O ALMA buscará informações sobre a formação de planetas a partir de grãos de poeira que orbitam estrelas jovens, bem como mostrar as interações gravitacionais entre os planetas e discos novos incorporados.
O poder do ALMA nos permitirá estudar estrelas muito jovens de vários sistemas solares – provavelmente milhares – que nós não poderíamos antes. Isso irá nos ajudar a entender os processos que produzem a enorme diversidade em sistemas planetários extra-solares”, comentou Wilner.
Um conjunto de observações iniciais mostrou um disco em torno de uma estrela jovem, 170 anos-luz da Terra. Essa nova descoberta promete lançar luz sobre uma questão muito mais intrigante – a formação dos nossos oceanos. Os cientistas acreditam que grande parte da água do nosso planeta veio de cometas que bombardearam a Terra jovem, mas eles não sabem quantos cometas e quando.
A pista chave tem sido o fato de que a água do mar contém uma porcentagem elevada de deutério, uma forma de hidrogênio, que é encontrada no gás de várias estrelas.Com estudos como este, estamos no caminho para medir o percentual de água que possivelmente teria vindo de cometas”, comenta Wilner. O pesquisador já trabalhou com Karin Oberg e Qi Chunhua no Leiden Observatory, na Holanda, sobre esse tema.
  O estudo da evolução das galáxias e a formação estelar na juventude do Universo há 12 bilhões de anos, também será possível graças à união destesdois telescópios. O ALMA está localizado no Chile.
Na foto de capa, encontra-se a primeira imagem transmitida pelo ALMA de uma galáxia.




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